elpídio júnior
Vereadores acompanham o depoimento do procurador-geral do Município, Bruno Macedo
Com a saída do vereador do PSB, o presidente da Câmara Municipal de Natal (CMN), Edivan Martins, deverá nomear mais um - ou mais dois caso opte pela volta dos cinco membros como se formatou inicialmente - se não quiser que durante a investigação prevaleça a bancada de oposição. Compõem a CEI atualmente as vereadoras Júlia Arruda (PSB) e Sargento Regina (PDT), da ala oponente, e apenas Chagas Catarino (PP) pertencente à base de apoio da prefeita Micarla de Sousa.
Quando a CEI foi formada, o PSB, partido de Franklin Capistrano, havia orientado a bancada, através do líder na CMN, Júlio Protásio, que os parlamentares convocados não se eximissem de participar das investigações.
Ontem, o vereador Franklin Capistrano afirmou categoricamente que não dispõe de cargos no legislativo e que tampouco precisa desse tipo de benefício. No entanto, há um processo interposto pelo Ministério Público, por meio da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Natal, em que uma de suas sobrinhas, que ocupou cargo em comissão de encarregada de serviços da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), responde por improbidade administrativa, justamente por haver omitido o parentesco com o vereador. Os promotores registram, nos autos, que a suposta prática de nepotismo somente foi cessada em 18 de fevereiro deste ano, quando publicada a exoneração da ex-funcionária.
O presidente da CMN disse ontem que está preocupado com o andamento dos trabalhos da CEI e admitiu que terá dificuldades em substituir os dois vereadores desistentes. Minutos antes do anúncio de Franklin Capistrano, Edivan Martins falava que insistiria no retorno de Heráclito Noé, o primeiro a abandonar a Comissão sob a alegação de descompasso com a vereadora Sargento Regina. O presidente da CMN garantiu que moverá substanciais esforços no intuito de recompor o grupo de vereadores que encampa a investigação.
A primeira oitiva da CEI dos contratos ouviu os secretários do Gabinete Civil, Kalazans Bezerra; do Planejamento, Antônio Luna; a controladora-geral, Regina Mota; e o procurador-geral, Bruno Macedo. A participação dos parlamentares nos depoimentos foi ínfima, uma vez poucos pisaram no recinto onde ocorreram os questionamentos.
Da bancada governista apenas Chagas Catarino pronunciou-se, ocasião em que elogiou os representantes da prefeitura e afirmou que "ficassem a vontade".
Fonte: Tribuna do norte
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