domingo, 15 de setembro de 2013

A hora do PMDB - com o Dep. Henrique Eduardo


Em entrevista ao Jornal de Hoje, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo (PMDB), disse neste sábado, que a reunião do PMDB desta segunda-feira com prefeitos, vereadores, vice-prefeitos e representantes peemedebistas do RN e do ministro da Previdência, Garibaldi Filho, será para “deixar clara e consciente” a decisão da Executiva do partido em relação ao governo Rosalba Ciarlini (PMDB).
“Essa reunião do PMDB será para deixar clara e consciente a decisão da Executiva do PMDB em relação ao governo Rosalba. Por unanimidade, decidimos pelo afastamento do projeto político da governadora, que, até então, com participação no seu governo, envolvia o PMDB. Mudança clara e amadurecida”, afirmou.
Henrique disse ainda que o PMDB irá preparar um projeto de governo e que seria “um bom começo para o PMDB” voltar ao governo em 2014. A última vez que o PMDB administrou o Estado foi de 1995 a 2002, durante os dois mandatos do hoje senador e ministro da Previdência, Garibaldi Filho. Dois mandatos antes, o partido também administrou o RN, com Geraldo Melo (PMDB), de 1987 a 1991.
“Mais importante agora para o PMDB, depois da decisão política que tomou, é se preparar para um projeto de governo. Focar o desenvolvimento, com gestão democrática e sensibilidade social, e partir para um amplo debate com uma proposta nas mãos”, disse Henrique.
Enfatizando a “premissa do planejamento, para o amanhã e o depois, e a capacidade de formar equipe”, Henrique disse que “seria um bom começo para o PMDB voltar a governar o RN”. Para tanto, ele defendeu “começar logo essa etapa de projetar o RN que queremos”.
ALIANÇAS
Mesmo rompido com o governo Rosalba, Henrique abordou a possibilidade de aliança futura com o DEM, partido da governadora, presidido local e nacionalmente pelo senador José Agripino Maia. Ele deixou em aberto a possibilidade de o PMDB se coligar com o DEM, tanto na proporcional, quanto na majoritária.
“A Executiva não tratou em momento algum de possíveis aliados, ou não, nas composições proporcionais. Isso dependerá de, na hora própria das alianças, como o PMDB entenderá ser melhor para o partido e respeitando as preferências dos demais. Um projeto administrativo, político, voltado para o desenvolvimento, realista, norteará a construção majoritária para 2014″, declarou Henrique.
Pelas palavras de Henrique, fica claro que o rompimento do PMDB foi apenas com o governo Rosalba, e não com o DEM, já que existiria a possibilidade de ambos os partidos se coligarem na proporcional e mesmo na majoritária. Nesta semana, o maior parceiro político de Henrique no PMDB, o ministro Garibaldi, já havia dito que o diálogo com Agripino é muito bom e saudável.
CANDIDATOS
Sobre nomes para o pleito de 2014, Henrique disse não ser a hora de defini-los. “Tratar de candidaturas agora, de forma definitiva, não seria o melhor caminho para construir uma vitória, que precisará de muitos”, afirmou, abrindo, pela primeira vez, a possibilidade de participação de aliados nesta discussão. Ele disse que a decisão deve ser tomada apenas em 2014. “Ouvindo todos que fazem esse grande PMDB, e as manifestações populares, chegaremos ao consenso quanto ao candidato para vencer, com os aliados”.
SEM CONCESSÕES
O presidente do PMDB também abordou a filiação da ex-prefeita de Mossoró Fafá Rosado (DEM) ao PMDB, nos próximos dias. Esta semana, o deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM), marido da ex-prefeita, esclareceu que Fafá irá para o PMDB, mas continuará como aliada da governadora Rosalba Ciarlini.
Henrique disse que Fafá “sabe” da posição política do PMDB de ter candidato próprio – inclusive contra Rosalba, se for o caso, e que, juntamente com os demais peemedebistas, novos ou antigos, terá que seguir essa caminhada.
“Filiação de Fafá honra qualquer partido, principalmente o PMDB que foi onde começou sua vida pública. Ela sabe da nossa posição política em relação ao projeto eleitoral de 2014, candidatura própria do PMDB ao governo. A caminhada de todos os companheiros, antigos e novos, será essa. Sem concessões. Decisão da Executiva”, disse Henrique. (AV)

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