Mal terminou a votação na Câmara Municipal de Natal, que desaprovou as contas do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves referentes ao exercício de 2008, o ex-gestor foi para o estúdio da 98FM para ser entrevistado por Felinto Rodrigues e Robson Carvalho.
Ao falar sobre o resultado, Carlos atribuiu o movimento contra ele à bancada da prefeita Micarla de Sousa. Movimento liderado pelo vereador Enildo Alves (DEM), a quem ele chamou de “desafeto pessoal meu”.
Carlos disse que o movimento havia sido motivado pelos resultados de 22 pesquisas feitas por 4 institutos e que vinham lhe colocando “lá em cima”.
“Eles verificaram que era difícil enfrentar no voto e pelo casuísmo, retomando aos tempos da ditadura, quando a gente já está numa democracia, aplicar um golpe, ou seja, reprovar as contas de Carlos Eduardo porque aí cria dificuldade para que ele seja candidato e ganhe a eleição”, afirmou Carlos, acusando os vereadores que votaram contra a aprovação de suas contas, de não se preocuparem com as questões levantadas no relatório da Comissão de Finanças.
O ex-prefeito também incluiu a governadora Rosalba Ciarlini na atuação contra sua candidatura. Para ele, foi a Rosa, com ajuda do deputado Rogério Marinho (PSDB), candidato contra Carlos, quem convenceu o vereador democrata Ney Júnior a votar contra suas contas.
“Isso foi cantado em verso e prosa pelo suplente de deputado Rogério Marinho. Suplente, né, porque deputado é quem se elege”, criticou o ex-prefeito, garantindo que o resultado da votação desta quarta-feira não o impede de ser candidato.
“Quero lembrar aos 15 vereadores que nós não estamos na ditadura. Tenho certeza que vou ser candidato e não é no tapetão, absolutamente não é na covardia, não é com vereadores sócios da administração, todos com cargos nas secretarias”, disse o ex-prefeito de Natal, dizendo com todas as letras que dispensa o apoio de qualquer um dos 15 parlamentares.
“Faço questão de não ter o apoio de nenhum deles; se é para ter o apoio deles, prefiro não ser candidato. Mas eu sou candidato e vou dizer ao povo de Natal que a gente precisa não só mudar a Prefeitura, mas mudar a Câmara”.
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