quinta-feira, 25 de junho de 2015

A confusão do governador de Fernando Pimentel


A confusão entre pessoa e Estado chama a atenção de quem lê a nota oficial do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), sobre o cerco da Polícia Federal à campanha dele e às atividades da empresa da primeira-dama, Carolina Oliveira. Nesta quinta-feira, após buscas em endereços usados pelo petista em Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG), Pimentel acusou a investigação de ser "irregular" e baseada em "ilações" e "deduções fantasiosas". Posou de vítima de "arbitrariedades" da PF. Aliás, ele não. Na versão de Pimentel, a vítima é o Estado de Minas Gerais. O texto da Subsecretaria de Comunicação Social do governo mineiro insta a sociedade civil a repudiar a suposta "arbitrariedade" cometida por uma operação autorizada pelo Judiciário. A nota trata Pimentel como um defensor do Estado, como se o petista fosse um anteparo entre os mineiros e os policiais federais: "Resistiremos a qualquer tentativa de impor a Minas Gerais constrangimentos indevidos e antirrepublicanos". Cabe perguntar: a Minas Gerais ou a Fernando Pimentel? O comunicado revela o grau de personalismo do governante Pimentel, autoridade investida de mandato eletivo para os próximos quatro anos, mas que não deve se autoconfundir, propositadamente, com Minas - muito menos com os mineiros. (Felipe Frazão, de São Paulo)

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