Reutilizar o óleo de cozinha que se despejado de maneira inadequada pode contaminar o meio ambiente e transformá-lo em sabão. Este é o trabalho desenvolvido pela ONG Centro de Promoção e Assistência Social, por meio do projeto “Sabão ecológico Alto da Torre”, apoiado pela secretaria adjunta de Gestão Ambiental da Semurb. A iniciativa ganhou o prêmio Anu Dourado 2012, que destaca iniciativas de toda natureza realizadas em favelas e comunidades carentes de cada estado brasileiro.
A premiação aconteceu na noite da última terça-feira, 28 de fevereiro, no teatro João Caetano, Rio de Janeiro, e contou com a presença dos representantes de cada projeto. Foi entregue o troféu Anu Dourado, para as melhores ações de cada estado e, em seguida, o troféu Anu Preto, que premia as três melhores ações do Brasil. Os projetos vencedores foram submetidos à uma votação pela internet.
Apoiado pelas secretarias de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) e de Trabalho e Assistência Social (Semtas), o projeto existe há dois anos, sendo que o trabalho é realizado por doze pessoas da comunidade Alto da Torre, localizada na zona norte de Natal. Além de contribuir para preservar o meio ambiente, a atividade ainda gera renda para as famílias participantes.
Todo o trabalho é realizado de forma artesanal em um galpão cedido pela Prefeitura do Natal. O sabão é comercializado na própria comunidade. Parte da renda arrecadada é destinada para compra dos materiais e a outra parte incrementa a renda das famílias assistidas pelo projeto.
De acordo com Gustavo Soares, tecnólogo ambiental da Semurb, o “Sabão ecológico Alto da Torre” concorreu a primeira etapa do Prêmio Anu 2012, realizado pela Central Única das Favelas (Cufa) por meio de um vídeo. O projeto ficou entre as cinco melhores ações de cada estado brasileiro.
“Foi realizada uma votação popular online para a escolha de uma ação dentre as cinco selecionadas. No dia 30 de dezembro foi divulgado o resultado final a nível estadual, o projeto foi selecionado e ganhou o troféu Anu Dourado, que premia as ações de cada estado”, explica o tecnólogo.
De acordo com Auriselma de Araújo, coordenadora do projeto, o prêmio é uma forma de reconhecimento do trabalho que está é feito na comunidade. “Depois de dois anos de atividades, produzindo sabão ecologicamente correto e preservando o meio ambiente, nos sentimos valorizadas e reconhecidas pelo nosso trabalho”, comemora.
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